Cerca de 99% das lavouras de soja estão colhidas na região de Água Boa (MT), onde a Cocamar inaugurou a sua maior unidade operacional no mês de janeiro deste ano, sendo a primeira naquele estado.
De acordo com o gerente José Claudemir Menegon, o Claudinho, o clima beneficiou as lavouras tanto na fase de desenvolvimento, quanto na colheita. Por isso, a média de produtividade, histórica, não fica abaixo de 60 e 65 sacas por hectare – quantidade que em alqueire paulista compreende de 145 e 157 sacas. Só para efeito comparativo, nas regiões norte e noroeste do Paraná, atendidas pela cooperativa e onde o clima foi menos favorável, com distribuição irregular de chuvas, a média é de 50 sacas por hectare – 120 na medida em alqueire.
Agilidade
Mesmo com a correria e as atribulações de uma safra cheia, os produtores de Água Boa que fizeram suas entregas na estrutura da Cocamar, não têm do que reclamar. Se antes da chegada da cooperativa ao município eles enfrentavam uma longa demora para descarregar as safras, o que, não raro, podia variar de dois a três dias, agora ficou bem mais ágil. “Depois de efetuada a classificação dos grãos, o descarregamento não vai além de 45 a 50 minutos”, informa Claudinho. A previsão dele é que o volume total de recebimento alcance 131 mil toneladas, um recorde na história de todas as unidades que recepcionam grãos da cooperativa e que, além do Paraná e Mato Grosso, estão localizadas também nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Estrutura
Totalmente automatizado e construído em uma área de 20 hectares no quilômetro 30 da rodovia MT-240, o entreposto é dotado de quatro moegas e dois tombadores, dois secadores, quatro conjuntos de pré e pós limpeza de grãos, um armazém graneleiro para 155 mil toneladas de grãos, cinco silos de 9 mil toneladas, três balanças, sistema de classificação para quatro raias com dois caladores pneumáticos, um armazém de insumos de 4 mil metros quadrados, com espaço climatizado para sementes, além de loja e área administrativa.
Na entressafra
Mesmo tão recente, a estrutura de Água Boa já conta com 205 cooperados e uma centena de produtores cooperantes que, após a colheita da soja, dedicam-se no período de entressafra a várias culturas, com destaque para milho, gergelim, sorgo e aveia. Claudinho explica que o clima impõe limitações ao milho, cuja janela é estreita – o ideal é finalizar a semeadura até 20 de fevereiro – devido a proximidade do período seco, entre maio e setembro.
A região apresenta uma variedade de tipos de solos – desde o argiloso de alta fertilidade até o arenoso – e os agricultores, geralmente, costumam manter rebanhos bovinos. Por isso, é comum que semeiem também a braquiária após a colheita da soja para terem uma forragem de qualidade nos meses seguintes. Com a chegada da estação das águas, no final de setembro, a braquiária é dessecada para dar lugar a um novo ciclo de soja.
O cooperado Fábio Postal disse que foi relativamente tranquila a entrega da soja na Cocamar e, diferente do ano passado, quando a seca prejudicou as lavouras, neste ano deu tudo certo. “Foi fantástico. Minha média chegou a 69 sacas por hectare”, comentou, só lamentando que em uma de suas áreas a produtividade acabou afetada por uma variedade que não correspondeu às expectativas. Para Postal, a presença da Cocamar oferece mais segurança aos produtores, muitos dos quais, como ele, oriundos do Paraná. Postal é nascido em Francisco Beltrão e sua família mudou-se para Água Boa no final de 2002.
Autor: Imprensa Cocamar